terça-feira, 16 de abril de 2013

Analise Textual


TEXTO I

O lenhador honesto

[...]
Há muito tempo, numa floresta verdejante e silenciosa, próximo a um riacho de águas cristalinas e espumantes corredeiras, vivia um pobre lenhador que trabalhava muito para sustentar a família. Todos os dias, empreendia a árdua caminhada floresta adentro, levando ao ombro seu afiado machado. Partia sempre assobiando contente, pois sabia que, enquanto tivesse saúde e o machado, conseguiria ganhar o suficiente para comprar o pão de que a família precisava.
Um dia, estava ele cortando um enorme carvalho perto do rio. As lascas voavam longe e o barulho do machado ecoava pela floresta com tanta força que parecia haver uma dúzia de lenhadores trabalhando.
Passado algum tempo, resolveu descansar um pouco. Recostou o machado na árvore e virou-se para se sentar, mas tropeçou numa raiz velha e retorcida e esbarrou no machado; antes que pudesse pegá-la, a ferramenta caiu ribanceira abaixo, indo parar no rio!
O pobre lenhador vasculhou as águas tentando encontrar o machado, mas aquele trecho era fundo demais. O rio continuava correndo com a mesma tranquilidade de sempre, ocultando o tesouro perdido.
­– O que hei de fazer? Perdi o machado! Como vou dar de comer aos meus filhos? – gritou o lenhador.
Mal acabara de falar, surgiu de dentro do riacho uma bela mulher. Era a fada do rio que viera até a superfície ao ouvir o lamento.
– Por que você está sofrendo tanto – perguntou em tom amável. O lenhador contou o que acontecera e ela mergulhou em seguida, tornando a aparecer na superfície segundos depois com uma machado de prata.
– É este o machado que você perdeu?
O lenhador pensou em todas as coisas lindas que poderia comprar para os filhos com toda aquela prata! Mas o machado não era dele, e balançou a cabeça, dizendo: – Meu machado era de aço.
A fada das águas colocou o machado de prata sobre a barranca do rio e tornou a mergulhar. Voltou logo e mostrou outro machado ao lenhador.
– Talvez este machado seja o seu, não?
– Não, não! Esse é de ouro! Vale muito mais do que o meu.
A fada das águas depositou o machado de ouro sobre a barranca do rio. Mergulhou mais uma vez. Tornou a subir à tona. Desta vez, trouxe o machado perdido.
– Esse é o meu! É o meu, sim; sem dúvida!
– É o seu – disse a fada das águas –, agora também são seus os outros dois. São um presente do rio, por você ter dito a verdade.
À noitinha, o lenhador empreendeu a árdua caminhada de volta para casa com os três machados às costas, assoviando contente e pensando em todas as coisas boas que eles iriam trazer para sua família.

EMILE POULSSON. In: William J. Bennet, O livro das virtudes. São Paulo: Nova Fronteira, 1999. (Fragmento)

QUESTÃO 01: O lenhador levava uma vida difícil, mas trabalhava com alegria porque podia sustentar sua família. O que representa o machado para o lenhador?






QUESTÃO 02: O lenhador sabia que poderia ficar rico se mentisse para a fada, dizendo que o machado de prata, ou o de ouro, era o que ele perdera. Por que ele disse a verdade?





QUESTÃO 03: A alegria do lenhador, ao reaver seu próprio machado, só se torna maior quando ele recebe de presente os machados de prata e de ouro. Que ensinamento essa narrativa transmite?





TEXTO II
9  Leia o poema de Eugênio de Andrade.

Urgentemente

É urgente o amor
É urgente o amor.
É urgente um barco no mar. 

É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas. 

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras. 

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer. 
É urgente o amor, é urgente
permanecer.
(Fonte: www.pensador.uol.com.br – acesso em 29/08/12)

QUESTÃO 04: O poema acima emprega várias vezes a expressão “É urgente”. Assim temos que o amor, a alegria, a liberdade, a paz são necessidades do mundo. Ao afirmar tais coisas, o que o poeta permite ao leitor concluir?






TEXTO III
Leia a notícia que segue com bastante atenção.

Crianças arrecadam 233 toneladas de material reciclável em quatro meses
DE SÃO PAULO
       

   Em uma semana, crianças arrecadaram 13 toneladas de material reciclável. Depois de quatro meses, elas arrecadaram 233 toneladas.
       A coleta foi feita por cerca de doze mil crianças de Bragança Paulista (SP), Votorantim (SP) e São José dos Pinhais (PR), que participam do projeto Olimpíadas de Reciclagem Esquadrão Verde.
     A iniciativa é uma gincana educacional que rende, além de educação e conscientização ambiental, pontos na amistosa disputa entre escolas. Podem ainda resultar em melhorias reais nas instituições participantes.
         

        Em cada uma das cidades, participam quatro escolas públicas. A que arrecadar mais, ganhará R$ 20 mil para as reformas internas da instituição. Disputas esportivas também fazem parte do circuito olímpico. O material destinado à reciclagem é entregue a cooperativas. Elas se ocupam de transformar o lixo em objetos do cotidiano e até em quadra poliesportiva feita com recicláveis. A atividade é realizada pela marca de refrescos em pó Tang e tem o objetivo de estimular o hábito de separar o lixo e fazer a reciclagem.

FONTE: www1.folha.uol.com.br – Folhinha Online - publicada em 08/08/2012 – acesso em 28/08/12.

QUESTÃO 05: O texto II fala de uma atividade que faz parte do projeto “Olimpíadas de Reciclagem Esquadrão Verde”. Qual é o objetivo desse projeto? Atividades desse tipo são importantes? Explique sua resposta.

















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